quarta-feira, 7 de setembro de 2016

CRB Tem novos Órgãos Sociais e de Gestão

O CRB - Círculo Rastafari de Benguela, realizou no passado dia 30 de Julho de 2016 a sua assembleia Extraordinária para eleição de novos órgãos de Gestão.
Dickyaminy Sebastião Bokolo Rodrigues cessou o seu mandato de Director Executivo, cargo que ocupou de 2009 até 2016. dando lugar a Matias Nunda Mário que terá uma Missão até 2020.
  

ASSEMBLEIA EXTRAORDINÁRIO DE RENOVAÇÃO DE MANDATOS
ACTA Nº 02/2016

 No dia Trinta de Julho de Dois Mil e Dezasseis, decorreu na sede social do Círculo Rastafari de Benguela sitia no Bairro 4 de Abril, Zona B Município de Benguela das Nove às Dezasseis Horas, uma assembleia de carácter extraordinário para a Eleição dos novos Órgãos Sociais e de Gestão do CRB.

Estiveram presentes Vinte e Sete membros associados provenientes dos municípios de Lobito, e Benguela.
    
     Na abertura da referida Assembleia, fez-se a leitura da Acta da reunião anterior de balanço anual de 2015.
    Após a leitura da acta da reunião anterior, passou-se para a reflexão sobre o futuro dos Órgãos Sociais e de Gestão do CRB, tendo sido proposto pelo Conselho de Anciões uma lista de Candidatos aos Cargos para os órgãos Sociais e de Gestão da Associação.
   
    Tendo sido reflectido a situação actual do CRB e os desafios sociais. Foram assim eleitos os seguintes órgãos e membros:

1.      Conselho Teocrático:
a)      Ritchy Francisco Pascoal – Secretário para Assuntos Teocráticos.
b)      Carlos Caluassi – Secretário Adjunto para Assuntos Teocráticos.

2.      Direcção Executiva:
a)      Matias Nunda Mário – Director Executivo.
b)      Ezequiel Pereira Sebastião Gamboa – Coordenador de Programas e Projectos.
c)      Emaclaudita da Conceição Cassoma – Administradora e Financeira.


Terminado o processo de eleição dos membros responsáveis para cada um dos órgãos para um período de 4 anos. Ficou concluído que, a Mesa da Assembleia de Membros e o Conselho de Anciões deverá ser no dia 27 de Agosto de 2016.
           
Nada mais havendo, deu-se por encerrada a Assembleia de renovação de mandatos e lavrou-se a presenta acta que vai assinada pelo presidente da reunião por mim que secretariei e pelos membros presentes.


Benguela aos Trinta de Julho do ano Dois Mil e Dezasseis


          Presidiu                                                                                                     Secretariou

____________________                                                                                 _________________

Papel dos Ondjangos na Afirmação da Identidade Cultural Nacional: Um Contributo ao Processo de Ensino Aprendizagem da História de Angola (Tese de Licenciatura de Sebastião Bokolo Rodrigues)




A Tese de Licenciatura de Dickyaminy Sebastião Bokolo Rodrigues no Curso de Ciências de Educação na Opção de História pode se tornar num livro didáctico para apoiar os professores e pesquisadores da História de Angola.







                                                              Universidade Katyavala Bwila
      Instituto Superior de ciências da educação de Benguela
Departamento de ciências sociais
Sector De História

Trabalho de fim de curso para a obtenção do grau de licenciatura em Ciências da Educação, opção História.



O PAPEL DOS ONDJANGOS NA AFIRMAÇÃO DA IDENTIDADE CULTURAL NACIONAL: UM CONTRIBUTO AO PROCESSO DE ENSINO – APRENDIZAGEM DA HISTÓRIA DE ANGOLA NAS 10ª CLASSES DAS ESCOLAS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO LOBITO E II CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO DO BOCOIO




Autor:
Sebastião Bokolo Rodrigues





BENGUELA / 2015


Universidade Katyavala Bwila
Instituto Superior de ciências da educação de benguela
Departamento de ciências sociais
Sector De História
             
Trabalho de fim de curso, para a obtenção do grau de licenciatura em Ciências da Educação, opção de História



O PAPEL DOS ONDJANGOS NA AFIRMAÇÃO DA IDENTIDADE CULTURAL NACIONAL: UM CONTRIBUTO AO PROCESSO DE ENSINO – APRENDIZAGEM DA HISTÓRIA DE ANGOLA NAS 10ª CLASSES DAS ESCOLAS DE FORMAÇÃO DE PROFESSORES DO LOBITO E II CICLO DO ENSINO SECUNDÁRIO DO BOCOIO








Autor: Sebastião Bokolo Rodrigues (Dickyaminy Bokolo)





O Tutor: Paulo Ângelo Sousa Costa






BENGUELA/ 2015


EPIGRAFE



Um povo que não conhece seu passado histórico é como uma árvore sem raízes e jamais será afirmada a sua identidade!

Marcus Mosiah Garvey
Discurso sindicalista feito em Kingston “Jamaica” 1930





A Civilização Ocidental não apagou inteiramente a minha educação africana e não esqueci os dias da minha infância em que costumávamos juntar-nos à volta dos anciões da comunidade para ouvir os seus relatos plenos de sabedoria e experiência.
Era esse o hábito dos nossos antepassados e da escola tradicional em que fomos educados.


 Nelson Rholihala Mandela (Madiba)
Excerto do Manuscrito de sua autobiografia “Arquivo Íntimo” 2009





O fim último da educação não é formar cidadãos que repitam o que os outros fizeram, mas cidadãos que possam inovar para o progresso!

                                                                                     Paulo Freire
Pedagogo Brasileiro














AGRADECIMENTOS



Agradeço antes de mais à Deus Todo Poderoso (JAH RASTAFARI) por me ter dado a vida e a determinação de enfrentar este caminho espinhoso que é a vida acadêmica, ao longo dos 5 anos de formação no ISCED – Benguela (Instituto Superior de Ciências de Educação em Benguela).

A minha Família (esposa Emaclaudita Cassoma e filhos Lucas, Ndikomõla e Nsimba Tchissola Bokolo) que sempre foram o motivo da minha permanência nestas elites acadêmicas e estiveram comigo nos momentos mais complexos desta caminhada.

Aos Professores de História, estudantes, autoridades tradicionais e agentes culturais nos municípios de Lobito e Bocoio que contribuíram para que as dúvidas sobre o tema em referência fossem diminuídas e ou até esclarecidas ao longo da recolha de informações/conteúdos para conclusão desta do trabalho.

Quero ainda agradecer a todos que direta ou indiretamente contribuíram e têm contribuído para que a minha vida acadêmica possa ser conciliada a vida laboral, de líder e dirigente associativo, especialmente o colectivo de membros e de funcionários da Associação CRB (Círculo Rastafari de Benguela), aos docentes e discentes do ISCED – Benguela e o Tutor Paulo Ângelo da Costa, especialmente os do Curso de História regular que me acompanharam durante os 5 anos de formação acadêmica superior ao grau de licenciatura nesta Instituição.
Especialmente o Mestre Alexandre Hongolo e o Colega Licenciado Simão Jaime Santos Luciano pelo apoio incondicional na estruturação do trabalho que apresento.





INDÍCE GERAL


INTRODUÇÃO ---------------------------------------------------------------------------------- 6
CAPITULO I – O PAPEL DOS ONDJANGOS NO PROCESSO DE ENSINO APRENDIZAGEM DA HISTÓRIA DE ANGOLA ------------------------------------- 16
1.1.       As Várias Teorias e o Contexto dos Ondjangos ------------------------- 16
1.2.     Incursão ao conceito de Identidade Cultural ------------------------------ 19
1.3.     Analisando o Processo de ensino – aprendizagem da História de Angola ------------------------------------------------------------------------------------- 22

CAPITULO II – A REALIDADE DOS ONDJANGOS NA SOCIEDADE BENGUELENSE -------------------------------------------------------------------------------24
2.1. Situação dos Ondjangos no Município do Lobito ---------------------------24
2.2. Situação dos Ondjangos no Município Bocoio ------------------------------26
                                                          
CAPITULO III – ANÁLISE E INTERPRETAÇÃO DOS DADOS ----------------- 28
3.1.        Resultados dos Inquéritos aplicados aos alunos ----------------------- 28
3.2.        Resultados dos Inquéritos aplicados aos professores --------------- 34
3.3.        Resultados dos Inquéritos aplicados aos agentes culturais -------- 40
3.4.        Resultados dos Inquéritos aplicados às autoridades Tradicionais--- --------------------------------------------------------------------------------------------- 45
3.5.        Propostas Metodológicas para a inclusão dos Ondjangos no processo de Ensino-Aprendizagem da História de Angola ---------- 50
3.5.1.   Sugestões Metodológicas ------------------------------------------------------- 51
3.5.2.   Fundamentação Metodológica ------------------------------------------------- 51
3.5.3.   Sistema de Objectivos ------------------------------------------------------------ 55
3.5.4.   Acções a Desencadear Pelos Professores com vista a Actualização dos Conteúdos a Contribuir para o Conhecimento do Tema Pelos Estudantes ---------------------------------------------------------------------------- 57
3.5.5.   Sistema de Trabalho do Colectivo Docente para Atingir o Modo de Actuação Que Propicie O Desenvolvimento deste Tema ------------- 57
3.5.6.   Sistema de Habilidades Que os Estudantes Devem Atingir ao Terminar O Ano Lectivo, Relativamente ao Tema ----------------------- 58
3.5.7.   Sistema de Valores ----------------------------------------------------------------  58
3.5.8.   Sistema de Métodos --------------------------------------------------------------- 59
3.5.9.   Forma de Ensino ------------------------------------------------------------------- 63
3.5.10.Sistema de Meios de Ensino ------------------------------------------ 64
3.5.11.Sistema de Avaliação ---------------------------------------------------- 64
IV. CONCLUSÕES --------------------------------------------------------------------------- 66
V. RECOMENDAÇÕES --------------------------------------------------------------------- 67
VI. BIBLIOGRAFIA --------------------------------------------------------------------------- 68
VII. ANEXOS ------------------------------------------------------------------------------------


 I. INTRODUÇÃO

Todas e quaisquer sociedade são construídas com base na afirmação de uma identidade assente nos pilares do vasto mosaico cultural que as compõem. Para que tal afirmação seja consciente, activa e sustentável, é necessária a transmissão de valores inerentes ao conhecimento e preservação da História local, construção e afirmação da identidade cultural de geração em geração.

Preocupados com a realidade sobre o fraco conhecimento da História de Angola e da fraca afirmação da identidade cultural angolana no seio de Jovens nos municípios do Lobito e Bocoio; avaliando a situação actual dos espaços e locais de transmissão e partilha dos conhecimentos sobre a História Local, bem como a fraca contribuição dos jovens cidadãos no desenvolvimento social, económico e cultural dos municípios em referências. Sentimos que urge a necessidade de se resgatar uma das mais importantes instituições do poder tradicional e espaço de partilha de conhecimentos e resolução de conflitos comunitários.

Os Ondjangos, como espaços multi-institucionais presentes em quase todas as comunidades quer urbanas, periurbanas e Rurais da República de Angola e em particular da Província de Benguela, podem desempenhar um papel relevante no reforço da afirmação da identidade cultural nacional através do ensino “aberto” da História de Angola no seio dos cidadãos dos Municípios do Lobito e Bocoio.

Numa época em que a globalização é má interpretada (como sendo largar o que é nosso e assumir o que é dos outros), a crise na afirmação da identidade cultural nacional é algo que preocupa e deve preocupar qualquer investigador social. Tal como afirmado pelo sindicalista e jornalista afro Jamaicano, Marcus Mosiah Garvey “Um povo que não conhece o seu passado histórico é como uma árvore sem raízes e jamais será afirmada a sua identidade cultural”.
Madiba[1] em seu Arquivo Íntimo espelhou o seu respeito e a influência positiva que a escola tradicional (Ondjango) teve em toda sua vida de líder e cidadão de uma nação devastada pelo separatismo racial e da multiculturalidade que a compõe. 
A Civilização Ocidental não apagou inteiramente a minha educação africana e não esqueci os dias da minha infância em que costumávamos juntar-nos à volta dos anciões da comunidade para ouvir os seus relatos plenos de sabedoria e experiência. Era esse o hábito dos nossos antepassados e da escola tradicional em que fomos educados”.

Diante de uma grande responsabilidade de salvaguarda da identidade cultural dos povos da República de Angola, o Dr. António Agostinho Neto primeiro Presidente da República Popular de Angola num dos seus discursos políticos na Fabrica de Tecidos TEXTANG I em Luanda 1977 disse: “A cultura angolana é africana, é, sobretudo angolana, desenvolver a cultura não significa submetê-la a outras”.

Recorremos ainda a Paulo Freire que afirma que, “O fim último da educação não é formar cidadãos que reproduzam o que outros já fizeram, mas sim cidadãos que inovam para o progresso”

Até então a disciplina de história quanto a história de Angola baseou-se essencialmente nos conteúdos produzidos por estudiosos com influência colonial, dali que, muitos aspectos da nossa história sócio cultural têm sido refutados com objectivos de se limitar a participação activa dos jovens estudantes na vida pública e política do país. Desse modo, vamos assistindo debates televisivos abordando a preocupação da participação dos jovens na vida pública e politica, a necessidade dos Ondjangos para educação cívica e transmissão de valores sócio culturais locais aos jovens cidadãos;

Queremos aqui com estas reflexões, chamar atenção de que para se ser um cidadão patriota, consciente de suas responsabilidades políticas e sociais há que se ter em conta de onde viemos para percebermos onde estamos e perspetivarmos onde iremos.
Com este trabalho pretendemos dar o nosso modesto contributo como cidadãos preocupados com o fraco desempenho social, cultural e económico dos jovens na província de Benguela, trazendo ao público a análise da real situação dos Ondjangos e a sua relação com o cidadão na formação de valores através do ensino da História Local.


JUSTIFICAÇÃO E IMPORTÂNCIA DO TEMA

Quando nos propusemos a abordar sobre este tema, não foi por mero impulso ou vontade de confundir a sociedade, mas sim, pela necessidade de reforçar a abordagem sobre a afirmação da identidade cultural nacional; a preocupação com desaparecimento dos Ondjangos como estruturas e espaços multi-institucionais das comunidades tradicionais de Angola; a preocupação de contribuir para minimizar o deficit metodológico do ensino da história de Angola; refletindo sobre a necessidade de preservação do patrimônio cultural nacional; em fim, a vontade de contribuir para a inclusão e reconhecimento social do papel dos Ondjangos no processo de ensino – aprendizagem da História de Angola, reforçando a afirmação da identidade cultural nacional.

O papel dos Ondjangos na afirmação da identidade cultural nacional: Um contributo para o processo de ensino-aprendizagem da história de Angola na 10ª classe das escolas de Formação de Professores e do II ciclo do Ensino Secundário nos Municípios de Lobito e Bocoio é uma questão de valorização do patrimônio cultural Imaterial angolano.
Nos últimos anos é notório a perca de valores e de solidariedade no seio dos jovens cidadãos na província de Benguela em geral e nos municípios do Bocoio e Lobito em particular, o que tem contribuído para a fraca afirmação da identidade cultural nacional.
Se no passado os Ondjangos desempenhavam um papel multi-institucional nas comunidades africanas, hoje, é notório servirem de espaços limitados a julgamentos de alguns casos simples e poucas vezes relevantes à vida da comunidade. O carácter educativo dos Ondjangos e o conhecimento da história de Angola estão a ser banalizado e colocado no esquecimento. Dali que, leva-nos a uma reflexão profunda sobre o resgate dos valores e do patrimônio cultural nacional. 





 DESENHO TEÓRICO

Linha de Investigação
Formação de valores através do ensino da História.
Problema Científico
Como os Ondjangos podem contribuir para o reforço da afirmação da identidade cultural nacional através do processo de ensino-aprendizagem da história de Angola?

Perguntas de Investigação

  1. Qual é o estado atual do papel dos Ondjangos no ensino da história local?
  2. Qual é a importância dos Ondjangos para a Sociedade?
  3. Como os cidadãos interagem com os Ondjangos atualmente?
  4. Que metodologia aplicar para o envolvimento dos Ondjangos no processo de ensino – aprendizagem da história de Angola?

Objetivo Geral

Contribuir para o reforço na afirmação da identidade cultural nacional através da valorização do papel dos Ondjangos no processo de ensino-aprendizagem da história de Angola.

Objectivos Específicos

  • Diagnosticar o estado do ensino da história de Angola, relativamente ao papel dos Ondjangos na afirmação da identidade cultural nacional;
  • Demonstrar a importância que os Ondjangos têm para a Sociedade Benguelense;
  • Fundamentar o papel dos Ondjangos no reforço da afirmação da identidade cultural nacional;
  • Determinar metodologias que permitam a valorização e utilização dos Ondjangos no processo de ensino-aprendizagem da história de Angola.

Objecto da Investigação

           Papel dos Ondjangos no Processo de Ensino-Aprendizagem da História de Angola.
Objetivo da investigação

Contribuir para o reforço na afirmação da Identidade Cultural Nacional, através do reconhecimento do papel dos Ondjangos no processo de ensino-aprendizagem da História de Angola.

Campo de Acção

 Os Ondjangos nos Municípios de Lobito e Bocoio.

Variáveis

Independente: valorização do papel dos Ondjangos na afirmação da identidade cultural nacional através do processo de ensino-aprendizagem da disciplina de História nos municípios do Lobito e Bocoio;

Dependente: promoção de cidadãos cada vez mais partícipes no desenvolvimento social, económico e cultural local.


Métodos e Técnicas Empregues

Métodos Teóricos
*      Histórico – Lógico: método histórico consiste em investigar acontecimentos, processos e instituições do passado para verificar a sua influência na sociedade de hoje. Pois as instituições alcançaram sua forma atual através de alterações de suas partes componentes, ao longo do tempo, influenciadas pelo contexto cultural particular de cada época. Seu estudo para uma melhor compreensão do papel que atualmente desempenham na sociedade deve remontar aos períodos de sua formação e de suas modificações. O método histórico preenche os vazios dos factos e acontecimentos, apoiando-se em um tempo, mesmo que artificialmente reconstruído, que assegura a percepção da continuidade e do entrelaçamento dos fenômenos.
*        Analise – Síntese: que para (Trujillo 1974) citado por Marconi e Lakatos (2002:54) a análise ou explicação, é a tentativa de evidenciar as relações existentes entre os fenómenos estudados e outros factores. Essas ralações podem ser estabelecidas em função de suas propriedades de causa – efeitos, produtor – produto, de correlação de análise de conteúdo entre outros. Seleccionei este método porque ajudará o resgate de cultura e a valoração das informações obtidas a partir desses conhecimentos.
*      Indução – Dedução: indução é um processo mental por intermédio do qual, partindo de dados particulares suficientemente constatados, infere-se uma verdade geral ou universal, não contida nas partes examinadas. Portanto, o objetivo dos argumentos indutivos é levar a conclusões cujo conteúdo é muito mais amplo do que o das premissas nas quais se basearam.
Dedução tem propósito de explicar o conteúdo das premissas. Os argumentos dedutivos sacrificam a ampliação do conteúdo para atingir a certeza.   

Métodos Empíricos
*      Inquérito e Questionário: Na perspectiva de Marconi e Lakatos (2002:33), é um método especial de questionário. Os inquéritos são muito utilizados em investigação científica, fundamentalmente nas investigações pedagógicas. Sendo o inquérito um método baseado em perguntas e respostas escritas ajuda a obter informações a partir da amostra. A utilização deste método permitirá a recolha de dados de uma forma directa, deste modo vai dar respostas escritas sobre questões previamente preparadas.

*      Entrevista: na perspectiva de Marconi e Lacatos (2002, P. 15), afirmam que, este método consiste numa conversa efectuada face a face de maneira metódica, proporciona ao entrevistador de forma global a obtenção de informações necessárias relativa sobre o assunto em pesquisa. Este método possibilitará a recolha de dados sobre o objecto de estudo através de uma série de perguntas orais estruturadas e seleccionadas previamente com vista a compreender melhor os Ondjangos.

*      Matemático-estatístico: Segundo Mesquita e Rodrigues (2004:41) fundamenta-se a utilização da teoria estatística das probabilidades, onde suas conclusões apresentam grande probabilidade de serem verdadeiras. Com o mesmo se faz uma manipulação estatística dos dados e consequentemente as influências do autor mediante a comprovação das relações dos fenómenos educativos observados.

*      Observação directa: é uma técnica de colecta de dados para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. Não consiste apenas em ver e ouvir, mas também em examinar fatos ou fenômenos que se desejam estudar.


Tipos de Investigação
O tipo de Investigação utilizada no nosso trabalho é a Exploratória-Descritiva: porque os estudos Exploratório-Descritivos combinados segundo Tripodi et al. (1975:42-71) são estudos que têm por objectivo descrever completamente determinado fenômeno, como, por exemplo, o estudo de um caso para o qual são realizadas análises empíricas e teóricas. Podem ser encontradas tanto descrições quantitativas e ou qualitativas quanto acumulação de informações detalhadas como obtidas por intermédio da observação participante. Dá-se precedência ao carácter representativo sistemático e, em consequência, os procedimentos de amostragem são flexíveis [2]     


Princípios de Investigação

 Os princípios aplicados são:
*      O Princípio do Enfoque Sistêmico: Porque garante um enfoque mais objectivo e integral do fenômeno estudado;
*      E o Principio da relação entre o Enfoque Metodológico e a Fundamentação Teórica da Investigação: Porque toda investigação deve estar fundamentada numa determinada concepção, caso contrário, a investigação reduz-se a uma simples acumulação e descrição de factos sem interpretação científica.

Paradigma

*      O Paradigma é o Sócio – critico: Pretende superar o reducionismo do Positivismo e o conservadorismo do interpretativo e lograr uma ciência social nem puramente empírica nem interpretativa.



POPULAÇÃO E AMOSTRA

1-     A População envolvida no problema à investigar é formada por estudantes, professores de História, agentes culturais e autoridades tradicionais dos municípios do Lobito e Bocoio;
2-    A Amostra é constituída por indivíduos e grupos representativos escolhidos de forma aleatória nos municípios do Lobito e Bocoio num universo de 150 pessoas.

 Dados sócios demográficos:
Unidade de observação
Sexo
Idade
População de dois municípios da Província de Benguela: Bocoio e Lobito.
M
F
15-80
Designação
População
Amostra
Professores de História
10
5
Estudantes
100
54
Agentes Culturais
30
10
Autoridades Tradicionais
10
5
Total Geral
150
74

NOVIDADE CIENTÍFICA

*      Valor Teórico: Maior envolvimento dos Ondjangos no conhecimento da História e realidades locais por parte dos Cidadãos nos Municípios do Bocoio e Lobito.
*      Valor Prático: Participação activa e consciente dos cidadãos no desenvolvimento social, econômico e cultural das suas localidades.






DEFINIÇÃO DE TERMOS

*   Ondjango: o termo ondjango remete-nos a uma indagação profunda da pronúncia ao significado sócio-cultural, dali que a definição que trouxemos neste estudo baseia-se essencialmente na região Centro-sul de Angola, apesar da sua presença se fazer sentir na maior parte da África subsahariana.
Ondjango é uma palavra derivada da língua nacional Umbundu – é composta pelo prefixo ondjo (significando-Casa) e o sufixo ohango (significando diálogo, conversa). Assim sendo, Ondjango é traduzido para a língua portuguesa como sendo a casa do diálogo ou da conversa, independentemente do assunto a ser abordado na comunidade.

*      Identidade Cultural: Donizete Rodrigues citando (Cruz 1993), afirma que identidade cultural é um processo de identificações historicamente apropriadas que conferem sentido ao grupo. Ou seja, ela implica um sentimento de pertença a um determinado grupo étnico, cultural, religioso, de acordo a percepção da diferença e da semelhança entre o «ego» e o «alter», entre «nós» e os «outros»; de acordo com Guilherme de Carvalho da Rosa, que cita Stuart Hall (as identidades culturais são pontos de identificação, pontos instáveis de identificação ou sutura, feitos no interior dos discursos da cultura e história. Não é uma essência, mas um posicionamento).

*      Nacional: é uma palavra proveniente do latim “natio” que significa nação; nacional vai referir-se à indivíduos, que partilham o mesmo território, identificam-se com alguns caracteres semelhantes (hábitos e costumes); adjectivo relativo a nação; o que pertence à um país.[3]

*      Processo de Ensino-Aprendizagem: são actos subsequentes de partilha e aquisição de conhecimentos entre dois ou mais agentes (Professor ou facilitador e o aluno ou interlocutor).

CAPITULO I – O PAPEL DOS ONDJANGOS NA AFIRMAÇÃO DA IDENTIDADE CULTURAL NACIONAL ATRAVÉS DO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM DA HISTÓRIA DE ANGOLA.

As sociedades tradicionais africanas sempre tiveram suas próprias formas de ser e estar, baseadas no bem comum. Com o surgimento do sistema esclavagista e colonialista foram se perdendo os valores, hábitos e costumes dos povos encontrados e subjugados. Angola não é excepção, já que foi colônia portuguesa, os seus povos compostos por um diversificado mosaico cultural, viram-se espoliados da sua herança cultural em detrimento da política de assimilação sociocultural colonialista eurocêntrica.

Com o processo de colonização no continente africano, em Angola em particular, foram banidas as instituições tradicionais do poder local e alterada a estrutura organizativa comunitária dos povos colonizados. Dali que, hoje nota-se em África uma crescente cultura de assimilação social de hábitos e costumes que em nada abonam positivamente para o crescimento econômico, social e cultural dos povos africanos.

O ensino em África durante e depois do colonialismo continua a ser baseado na visão eurocêntrica do Mundo e raras vezes são tidos ou achados os conhecimentos baseados na mundivisão africana. Por este motivo, a questão da identidade cultural em Angola é encarada como sendo ainda um assunto elitista (dos acadêmicos) e de responsabilidade governativa.

1.1.       AS VÁRIAS TEORIAS E O CONTEXTO DOS ONDJANGOS.

O conceito de ondjango remete-nos a uma indagação profunda da pronúncia ao significado sócio-cultural, dali que a definição que trouxemos neste estudo baseia-se essencialmente na região Centro-sul de Angola, apesar da sua presença se fazer sentir na maior parte da África subsahariana.
Ondjango é uma palavra derivada da língua nacional Umbundu. É composta pelo prefixo ondjo (significando – Casa) e o sufixo ohango (significando diálogo, conversa). Assim sendo, Ondjango é traduzido para a língua portuguesa como sendo a casa do diálogo ou da conversa, independentemente do assunto a ser abordado na comunidade.
Da realidade da África subsahariana, afirmamos que os povos africanos ao sul do sahara incluindo Angola, têm no Ondjango e no Otchiwo formas peculiares de organização comunitária, contrapondo ao modelo colonial e opressor que tanto Angola como outros países africanos sofreram/viveram durante anos. As expressões ondjango e otchiwo são do uso ordinário e originário de Angola, essencialmente do centro sul do país. São instituições com formatos de pequenos parlamentos, escolas e tribunais. É através destes espaços tradicionais (do Ondjango e Otchiwo) que as sociedades africanas constituíam-se democraticamente, ou seja, formas de vivências democráticas.
Ondjango remete-nos a realidade de casa, da casa da conversa, de reunião, de hospedagem, de partilha de bens/refeição, serviços, de educação, de iniciação sociocultural, de entretenimento e ou de justiça. É uma casa ponto de partida e de confluência, casa de reunião junto dos mais velhos enfim lugar de encontro.
Enquanto realidade física, o Ondjango é uma construção de pau-a-pique em forma circular, sem paredes, encoberta de capim, ou localizado sob uma árvore frondosa de grandes sombras, onde todos os homens e mulheres se sentavam para que o Ohango (diálogo) se tornasse realidade. A vida comunitária iniciava no Ondjango e culminava no Ondjango, que incluía «Ulonga» (relato da vida desde o encontro anterior); «elongiso» (ensinamento e aprendizado); «Ekuta» (partilha de bens alimentares); «Ekanga, okusomba, okusombisa» (reunião para fazer justiça e sentenciar, punir ou absolver o arguido); «Okupapala» (encontro de entretenimento, festas e danças culturais e tradicionais, conforme a situação vivida no momento: morte, nascimento, casamento, iniciação sócio cultural e comunitária, acolhimento de visitas); «Ekongelo» (reunião de caráter deliberativo); «Ondjuluka» (encontro para organizar um mutirão comunitário a favor de alguém da comunidade em situação de doença, problema socioeconômico, intervenção de ajuda na lavoura) ou seja o Ondjango é um lugar comunal (vital), onde instituem as relações de convívio geo-histórico, econômico, sociocultural, político em vista do bem comunitário.
Por isso, o Ondjango estava habitualmente localizado numa área considerada espaço de todos os residentes da comunidade, lugar de respeito quase sagrado, e era da consciência da comunidade ser aquele o centro da vida comunitária; da aldeia; o centro onde passava e dimanava a corrente vital do clã, da aldeia de onde fluía o respeito e as decisões substantivas em prol da comunidade. É a casa da conversa, da discussão e de resolução dos vitais assuntos da vida comunitária.

O Ondjango tem a sua constituição semelhante ao círculo de cultura onde ninguém exerce o papel de professor, mas de orientador ou coordenador do diálogo sem abandonar a diretividade, assim como reconhecemos. O orientador do Ondjango é alguém com experiência vital normalmente um Ancião.
O importante é que tanto no Ondjango quanto nos círculos de cultura ninguém pensa sonzinho, pensa-se com os outros, para participar da conversa dialogal com todos e entre todos.[4]  
Pode-se aqui afirmar que, os Ondjangos enquanto espaços comunais são e devem ser o local de partilha dos assuntos relevantes a Vida comunitária, bem como a grande escola de aprendizagem dos valores, hábitos e costumes e reforço da afirmação da identidade cultural Local.
Somos apologistas de que, a máxima que diz “devemos pensar global para agir local” deve ser neste contexto alterada para “devemos agir local para desenvolver global”. Já que para nós, os jovens cidadãos que são o baluarte do pregresso sustentável de qualquer sociedade e devem primeiramente aprender a história da sua existência e do seu habitat, de formas a contribuírem conscientemente para o bem comum do espaço em que estão inseridos, só assim teremos cidadãos verdadeiramente nacionalistas e patriotas. Caso contrário, continuaremos a vivenciar a degradação do patrimônio cultural nacional, a falta de solidariedade entre os cidadãos, fraco ou nenhum conhecimento sobre a cultura local por parte das gerações jovens e o descalabro dos valores culturais positivos dos povos dos da República de Angola.






1.2.       INCURSÃO AO CONCEITO DE IDENTIDADE CULTURAL

O aparecimento de qualquer individuo numa sociedade, trás sempre questões pertinentes como: quem é ele? De onde vem? Qual é o seu nome? Tudo isso para permitir melhor socialização e aceitação do individuo no seio do grupo em que se encontra.
O nome, a origem e os parentescos (progenitores e raízes genealógicas) de qualquer pessoa, surgem em primeiro lugar quando se pretende identificar o sujeito em questão. Mas estes pressupostos não caminham sós, por serem traços de identidade que associados a região, religião, tribo e ou até etnia formam a identidade cultural do individuo e do grupo a que pertence.

Henriques Abranches em sua obra “Identidade e Património Cultural” (1989) diz que, “esta questão parece pertinente, não porque lhe faltam respostas, mas porque é preciso lançar dúvidas sobre a maioria dessas respostas pelo menos é preciso esvaziar certas concepções de carga ideológicas que se transportam, por vezes como postiços. É ainda necessário libertar a super estrutura cultural dos nossos dias, de um pouco por toda a parte das suas amarras à época resolvida do colonialismo; a época em que a civilização deveria ser francesa, inglesa ou portuguesa, estando o resto do mundo estrangeiro a estes polos de magnificência, mergulhado na mais negra e mesmo fatal obscuridade. Era também a época em que as potências colonizadoras se tinham auto atribuído uma vocação civilizadora em benefício dos povos infelizes e desprovidos de História, da África, da Ásia ou da Oceania”.[5]

Stuart Hall traz-nos a afirmação de que: “é cada vez mais fácil abordar sobre a identidade cultural dos povos que se estabeleceu a um nível determinado de consciência social dos indivíduos assim como o papel dos museus na tomada de consciência através da procura da identidade cultural nacional, no entanto, é cada vez menos fácil referir-se a identidade cultural dos povos com um mínimo de originalidade”.
A questão da identidade cultural está ainda sendo discutida na teoria social. Em essência, o argumento é seguinte: as velhas identidades, que por tanto tempo estabilizaram o mundo social, estão em declínio, fazem surgir novas identidades e fragmentando o indivíduo moderno, até então visto como um sujeito unificado.
A chamada crise de identidade é vista como parte de um processo mais amplo de mudanças, que está deslocando as estruturas e processos centrais das sociedades modernas e abalando os quadros de referência que davam aos indivíduos uma ancoragem (segurança) estável no mundo social.[6]

Ainda Stuart Hall citando Kobena Mercer, observa que “a identidade cultural somente se torna uma questão quando está em crise, quando algo que se supõe fixo, coerente e estável é deslocado pela experiência da duvida e da incerteza”. [7]
Esta perda de um sentido de si estável é chamada, algumas vezes de deslocamento ou desconcentração dos sujeitos. Esse duplo deslocamento – desconcentração dos indivíduos tanto do seu lugar no mundo social e cultural, quanto de si mesmo, constitui crise de identidade para o individuo.
De acordo com esta visão que se tornou a concepção sociológica clássica da questão, a identidade é formada na interação entre o eu e a sociedade.
O sujeito ainda tem um núcleo ou essência interior que é o «eu real», mas este é formado e modificado num diálogo contínuo com os mundos culturais exteriores e as identidades que esses mundos oferecem. A identidade nessa concepção sociológica preenche o espaço entre o interior e o exterior, entre o mundo pessoal e o mundo público. O facto de que projectamos a nós próprios nessas identidades culturais, ao mesmo tempo em que internalizamos seus significados e valores tornando-os parte de nós, contribui para alinhar nossos sentimentos subjectivos com os lugares objectivos que ocupamos no mundo social e cultural. A identidade, então junta o sujeito a estrutura, estabiliza tanto os sujeitos quanto os mundos culturais que eles habitam, tornando ambos reciprocamente mais unificados e predizíveis.
Recorrendo ainda a Armindo Jaime Gomes (ArJaGo) em sua obra “ Epata L’usomá (1999), afirma que, “apesar de reconhecer que o povoamento de Angola não foi feito em simultâneo com a penetração portuguesa, por uma questão estratégica, muniram-se de instrumentos ideológicos, usando realidade mal identificadas por eles, a fim de demonstrar ao homem encontrado que este não seria o que é se não fosse a presença do europeu. Aqui, de facto, reside o verdadeiro carácter eurocêntrico do qual se desenvolveu o espírito de superioridade das raças entre os europeus e africanos. Infelizmente esta mensagem tão comprometedora, foi grande parte, muito bem assimilada nas camadas urbanas de quase todo país com maior incidência na orla litoral onde nós fizemos parte e, hoje, ainda continua defendida por muitos angolanos, porque geralmente os maiores manipuladores ideológicos são, em grande parte os melhores esclarecidos sobre a realidade sociocultural. Se o colonialismo preocupara-se com a preparação ideológica do angolano para este acreditar na sua “incapacidade de viver colonizando o Khói-San, sem a colonização do português, método esse que foi obra de todo um processo pedagógico ministrado pela escola com o apoio da imprensa, por exemplo, agora que somos independentes, a escola omitiu todo e qualquer assunto sério ligado ao passado local dando primazia ao estudo do conhecimento da realidade histórica alheia que, como processo pedagógico, a ninguém mais interessa enquanto a imprensa oficial passou para assuntos políticos militares para enfatizar a antiga ideia eurocêntrica de como “não foram logo afortunados os Bantu no domínio de interesses pelo seu bem estar individual e coletivo”.

Ao angolano, particularmente ao benguelense, se quisermos nos afirmar na nossa identidade CULTURAL, resta um grande desafio. Desafio este que dispensa “os valores dos capacitados” porque a atual realidade demonstra muito bem que aqueles que podem fazer por nós não querem e nem deixam, e os que querem não podem porque estão montados os grandes obstáculos que unidos podem muito bem ser derrotados.[8]







[1] Nelson Mandela, Estadista Sul Africano 1994-98 e Lider da Luta Anti Aparthaide 1960-2013.
([2]) MARCONI, Maria de Andrade e LAKATOS, Eva Maria, Fundamentos de Metodologia Científica, 5ª Edição Editora Atlas, São Paulo 2003. p. 188.
[3] Dicionário fundamental de língua portuguesa, texto editores – Angola, 1ª edição, Abril 2012, p. 491.
[4] Ghiggi, Gomercindo e Kavava, Martinho, “Otchiwo, Ondjango e círculos de cultura: das praticas de resistência a constituição da educação libertadora. Diálogos Angola/Brasil”, círculos sem Fronteiras, v. 12, n. 2, p. 364-375, maio/agosto 2012
[5] Abranches, Henriques, identidade e património cultural, edições ASA/União dos Escritores Angolanos 1989 p. 51.
[6] Hall, Stuart “identidade Cultural da Pós Modernidade” p. 9, 10ª edição, 1990, DP&A editora
[7] Ibdem.
[8] Gomes, Armindo Jaime “Epàtá L’usòmá” apontamentos Étno-Históricos Ovimbundu, NNARP (Núcleo Nacional de Recolhas e Pesquisas Tradicionais Orais) Benguela 1999. pp 25-27.